sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

.:: DIREITO HUMANO A BUSCA DA FELICIDADE X DIVÓRCIO ::.

Ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos. Marcos 2:22


Boa tarde, nobres amigos. Hoje quero expor a respeito de um tema delicado, capaz de gerar polêmica: O DIREITO A BUSCA DA FELICIDADE X O DIVÓRCIO.

Vamos começar com um árduo questionamento: o divórcio é lei meramente humana ou está avalizado por Deus?

É importante iniciar esse questionamento, pois, na minha concepção, as leis divinas são as únicas que realmente são supremas.

Oportuno salientar que, em que pese o meu estado civil é o de “separada”, sou contra a banalização do divórcio, e acredito sim na entidade familiar. Esse artigo está longe de tratar de mero incentivo, contudo, pretendo mostrar que a felicidade não está em nenhum outro lugar senão em próprias mãos.

Quem não gosta de ir a casamentos? Além da festa, a ideia de novos planos, novos sonhos, e o melhor de tudo: de realizar tudo isso JUNTOS!

Fomos instruídos na ideia do conto de fadas e do “FELIZES PARA SEMPRE”. Mas, ninguém explicou que o “sempre” exige mudanças, e a eternidade exige evolução. Nada é intacto ininterruptamente.

Quem não quer ser amado? Quem não quer ser tratado com carinho, nos mais singelos acontecimentos? E quem consegue amar eternamente, se nada é infindável, em especial, o próprio comportamento humano?

As pessoas mudam e, consequentemente, os planos e os sonhos. E, em algumas fases de nossas vidas, aquelas “pancadas”, sequer sabemos se os temos. É assim!

Então, na evolução da vida, as palavras “estagnar” e “mudar” podem ser sinônimos de constantes brigas. Quem já não escutou ou até mesmo disse: “você parou no tempo...”, ou “você está mudado”!

Pessoas, queiram entender o seguinte: tudo muda o tempo todo! Não somos mais o que fomos há 30 minutos... e muito menos há 30 dias atrás, tão pouco há 30 meses. Há 30 anos eu era um feto, e todos precisam deixar de ser!

Voltando a questão do casamento, não é lindo quando dois seres se unem nas bênçãos do amor supremo, criando laços de afeto? Contudo, nem sempre as uniões terrenas buscam este ideal, e, tão pouco se constroem na base de sentimentos puros.

A construção dos laços de amor não ocorre naquele dia do casamento lindo, cheio de flores e ritos. Ora, um casamento é edificado em seu cotidiano, no seu proceder para com o outro, na cumplicidade, no companheirismo e na ternura que habita nas vitórias e derrotas.

Não acredito que Deus una em mera troca formal de alianças e assinatura de papéis: Deus une corações, não matérias. Só que tudo isso está dependente do livre-arbítrio de cada ser.

Muitos utilizam em frases soltas: “o que Deus uniu jamais separa o homem”.  Amigos...vamos ler a bíblia toda né?! Faz bem pra sociedade, pra mente e para o coração!

Em Matheus, Jesus cita a dureza do coração, como causa de separação do casal. Somos livres para tomarmos a decisão que nos compete. O que colhemos é fruto do que plantamos. Quem se mantem casado com um marido violento, vai apanhar. Quem se mantem casado com alguém que não ama, sofrerá as consequências desamor. Deus não faz ninguém amar ninguém. Deus não interfere em nosso livre-arbítrio. Se funcionasse dessa forma, não existiriam ateus na terra, nem falsos profetas. Se Deus “obrigasse” a amar o próximo, não existiriam atrocidades.

Muitos seres se supervalorizam, e pensam que o outro é obrigado a amá-los por serem, mais bonitos, mais ricos, mais inteligentes ou sabe-se lá qual a razão. Ninguém corre no sangue alheio.

Quando amor e respeito caminham juntos, não existe separação. Deus é amor. E é amor que une. Os laços de amor são eternos. Não são os laços “desenhados” no papel, ou de sangue,..., são os laços de amor!

Todos nós possuímos a faculdade de interromper, recusar, discutir, modificar ou adiar o desempenho dos compromissos que abraçamos.

É difícil tomar essa decisão. Contudo, se o companheiro quer partir, liberte-o. Não podemos acolher mágoas, rancores, ódio e depressão. Por já ter vivido isso, sei que não é uma tarefa fácil, mas é melhor caminhar separados, em paz, do que juntos, em guerra.

Acredito que o divórcio deverá ocorrer no instante em que fora esgotada todas as possibilidades de bem-estar dos cônjuges, sendo o mal maior um perigo iminente.

O amor nos faz progredir. O amor a Deus, o amor próprio, o amor ao filho e o amor ao próximo. Ser amado também eleva. Quem se mantem unido por obrigações formais, não sabe que um dia tudo isso virá à tona: filhos que tem o pior exemplo de lar, de casamento, vidas perdidas com quietude nunca alcançada. Uma tragédia que sempre se repete em nossa sociedade.

Creio que o crescimento do número de divórcios está ligado ao juízo equivocado de felicidade e a ausência do sentido da nossa real existência.

Acredito que não somos obrigados a seguir em uma união infeliz. A graça habita em buscar soluções, viver a vida de forma diferenciada, sair do sofrimento e recomeçar.

Isso não significa ter no ex-companheiro a visão do “inimigo”. Se não deu certo... não deu. Que todos nós saibamos viver em paz e dialogar. E seguir a regra do SAVOIR VIVER! Saber viver sem delegar a responsabilidade de se fazer  feliz em mãos alheias é primordial, afinal de contas, Deus não fez seus filhos para serem tristes e sim FELIZES!

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